As negociações entre os caminhoneiros e os parlamentares em Brasília resultaram em uma trégua nos protestos pelo país e no Estado. Ontem pela manhã, os grupos que faziam bloqueios na ERS-377, em Santiago, há uma semana, e na BR-392, em São Sepé, desde segunda-feira passada, se desmobilizaram. Apenas alguns caminhões permaneciam nos locais parados, mas por outro motivo.
Estou com 11 caminhões parados no pátio e não é por falta de serviço, é pelo preço do frete, que não está compensando a viagem. É como se eu ganhasse R$ 90 e pagasse R$ 100 para transportar afirma o caminhoneiro Cristiano Trevisol, 35 anos, que estava no manifesto em São Sepé. Os manifestantes que estavam no Posto Buffon, na BR-392, em Santa Maria, também retiraram-se do local.
A expectativa agora é pela reunião que acontece no próximo dia 10 com o governo federal, que terá duas reivindicações da categoria: a redução no preço do diesel e a criação de uma tabela de preço mínimo do frete. Se não houver acordo, os caminhoneiros pretendem voltar para as rodovias.